A Prefeitura de Caucaia promove, por meio do Núcleo Controle de Endemias
e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), um mutirão de
encoleiramento de cães para o controle da Leishmaniose Visceral Canina
(LVC), também conhecida como calazar. A ação, que faz parte do Programa
Nacional de Encoleiramento de Cães, realizado em parceria com o Ministério
da Saúde, acontece, neste primeiro ciclo, na localidade da Barreira
Vermelha, em Iparana, desde a última terça-feira (10/05).
O bairro foi contemplado com a operação por conta da incidência de casos
da leishmaniose visceral canina e humana entre os anos de 2018 a 2020.
Para ajudar a combater e rastrear a doença, foram realizados testes em
todos os cães domiciliados na região.
Durante o mutirão, os agentes de endemias realizam visitas domiciliares e
colocam as coleiras em cães a partir dos três meses de idade, com a devida
autorização dos tutores, impregnadas com deltametrina a 4%, que tem ação
repelente contra o flebotomíneo, também conhecido como “mosquito-palha”,
“cangalhinha” e “birigui”, responsável pela transmissão da doença. Ao
todo, 302 cães domiciliados no bairro receberão o equipamento.
Guilherme Meneses, médico veterinário, explica como a coleira atua para
evitar a doença. “A coleira funciona para controlar e prevenir os
mosquitos como um repelente e um inseticida. O mosquito não se aproximará
do cão. Caso isso aconteça, o inseto morrerá”, diz.
Simone Rego (49), comerciante do bairro, aprovou a atividade da
Prefeitura. “Achei essa iniciativa muito boa e fiquei muito feliz porque
tenho dois cachorros e gosto muito deles e não quero que nada de mal
aconteça com eles e nem com os meus familiares”, afirma
Programa Nacional de Encoleiramento
O Programa terá a duração de quatro anos, divididos em oito ciclos, com a
duração de um semestre. A cada ciclo, os animais participantes receberão
uma coleira nova.
Leishmaniose Visceral Canina (calazar)
A Leishmaniose é transmitida por picada de um flebótomo contaminado
(conhecido como mosquito-palha) e pode acometer cães e humanos. Alguns
sintomas que podem levar o proprietário a desconfiar que o animal está
doente são: crescimento exagerado das unhas, pêlos quebradiços, nódulos na
pele, úlceras, febre, atrofia muscular, fraqueza, anorexia, falta de
apetite, vômito, diarreia, lesões oculares e sangramentos.
O combate ao inseto vetor deve ser feito com aplicação de inseticida no
ambiente e o uso de produtos repelentes no cão. Além disso, as pessoas
devem evitar deixar os animais em ambientes úmidos e que acumulem material
(lixo, fezes de animais e frutas em decomposição) que possa facilitar a
criação do mosquito.